sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Eduardo e Mônica (12/08/2016)

"Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração
e quem irá dizer que não existe razão?"

-Legião Urbana


Minha história não tem nada a ver com a do Eduardo, apesar de ser meu segundo nome e nunca tive nada com alguma Mônica.

Mas pode ser que essa história seja sobre um Eduardo e uma Mônica. Ou duas?

"Naquela noite Eduardo não dormiu.
Nem pela manhã,
nem á tarde:
-Foi trabalhar.
Em seu dia de folga.
Consertou umas máquinas no trabalho
(quase que de graça)
Numa inútil tentativa de distrair a cabeça e esquecer
-de quase todos-
os problemas que tinha.

Descobriu do pior jeito o que era não ter o que comer.
Ou morar.
Ou com quem morar.
Com quem comer.
Tinha nascido de novo:
-Não da forma boa.

Poucas foram ás vezes nas quais tinha dito que amava sua mãe.
Provavelmente,
se somassem todas,
não se comparavam ás que falava em um só dia com a sua mulher.
Mas,
quando falava da progenitora existia um brilho no olhar:
-Só podia amar. Só podia ser: Amor.

Sua mãe tinha nome da "mãe de Deus";
a mulher;
"mãe de Deus mais Ana":
-Estava fadado a ter ao seu lado uma canceriana.

Gostava de escrever;
falar da própria vida;
como se estivesse contando a história de outra pessoa.

Os "omnis" lhe agradavam.
O poder da escrita.
Onisciente,
onipotente e onipresente.
Esse era o poder do narrador:
-Do Escritor.
Escritor?
-Nunca foi.
Não era
nem nunca seria:
-Quem sabe um dia?

Ganhava a vida contando histórias:
-Escrevendo numa lousa de vidro.
Falando sobre a matemática na literatura
e
a poesia:
-Dos algoritmos.
Gostava de misturar as coisas!
Talvez confundir as pessoas era sua mais pura forma de
explicar
e
esclarecer.

Em nada via sentido;
ao mesmo tempo;
via sentido em tudo;

Eduardo encontrou duas Mônicas
e
deu sorte:
-Estavam ao seu lado.

Estavam dentro dele,
quase que
no meio do peito:
-Atrelado ás costelas e pulmões.

Seu coração batia,
de formas diferentes:
-Por elas.

Tinha ouvido em alguma pregação na igreja que
existiam três amores bíblicos:
-Ágape, filos e eros.

Naquele mesmo dia leu sobre "storge".

Com certeza eles todos se misturariam em seu
confuso
e
pecaminoso:
-Coração.

Tinha saudades de seu primeiro amor
com Deus:
-Aquela paixão.

Esse texto é tão biográfico que fala de um Eduardo.
No caso: Guilherme Eduardo:
-Atalla."

"Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus."
-Mateus 22:21 (ACF)

Obrigado pelas 3.000 visualizações :)




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